Totalmente diferente
de tudo o que já li.
É até difícil
começar a falar desse novo livro de Walter
Tierno autor de Cira e o velho, principalmente pra quem já leu esse primeiro.
Geralmente
os autores seguem um estilo de escrita perceptível em seus livros, talvez esse
tenha sido o grande diferencial de Anardeus.
No calor da destruição pois a linguagem utilizada por Walter fugiu do que havíamos lido
em Cira e o velho. No dito
popular o autor não teve “papas na língua” para escrever de forma simples
utilizando uma maneira popular de expressões, onde da primeira a ultima página
vemos palavrões e não digo qualquer palavrãozinho, mas sim expressões pesadas
, o que ocasionou situações engraçadas com curiosos que gostam de ler por cima do ombro em transportes públicos, principalmente mulheres, olhavam para o livro, fixavam os olhos um pouco e logo desviavam meio constrangidas, mas apesar disso, a história é tão bem escrita que esse detalhe não me continha para continuar a leitura.
, o que ocasionou situações engraçadas com curiosos que gostam de ler por cima do ombro em transportes públicos, principalmente mulheres, olhavam para o livro, fixavam os olhos um pouco e logo desviavam meio constrangidas, mas apesar disso, a história é tão bem escrita que esse detalhe não me continha para continuar a leitura.
Uma
história rápida, contada principalmente sobre o olhar de Anardeus, no começo também achei estranho esse nome, mas o
autor dá uma perfeita (ou não) explicação para esse nome. Anardeus é um cara de mal com a vida, antissocial,
repugnante, depressivo, feio, chato (ao ler o livro só pensei nesses adjetivos
para o personagem) que desde seu nascimento recebeu o dom de ser repugnado por
todos, ao contrario de sua irmã Isabela
que encanta a qualquer um que a olhe. Desde criança, após um estranho fenômeno Anardeus sente muito frio, por
isso faça frio ou calor, o personagem está sempre vestido com um figurino
digamos impróprio para as ocasiões, e somente sente calor quando presencia
cenas de destruição e é sobre a visão de tais tragédias que o personagem narra
a história, até a metade do livro eu pensei “mas e ai, o que isso quer dizer?”.
E é ai que entra em cena um outro personagem, conhecido apenas como O Fotógrafo e então tudo começa
a fazer sentido e a história curta como já citei caminha para seu final,
simplesmente de maneira fantástica a história se torna uma aventura apocalíptica
com um final que com certeza vai lhe arrancar um palavrão, dos mesmos
utilizados por Anardeus ao
longo da narrativa.
Muita
gente havia dito que esse era um livro inovador e sustento essa ideia, simples
e direto Walter Tierno criou
algo diferente, dinâmico e com poucas páginas criou uma grande história.
Recomendo
a leitura do livro, mas de antemão aviso, prepare-se para algo nada puritano,
mas que com certeza irá lhe entreter e divertir.
Titulo: Anardeus. No calor da destruição.
Autor: Walter Tierno
Editora: Giz Editorial
N° de páginas: 188
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