sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O colecionador de lágrimas de Augusto Cury

O colecionador de Lágrimas


Estou muito em feliz em terminar de ler mais uma obra de Augusto Cury , como sempre o livro trouxe muita reflexão e uma visão diferente sobre nossa sociedade atual e também a antiga, de como certos fatores influenciam nas decisões e estilo de vida das pessoas.
Cury nesse romance aventurou-se ainda mais como autor, é seu primeiro romance que leio que não é ambientado no Brasil, a história se passa na Inglaterra e tem como protagonista Julio Verne Psicólogo de sucesso, mas que infeliz em sua profissão decide desbravar o mundo de mentes formadas por alunos nas universidades, como tem paixão pela história da humanidade, decide formar-se e se tronar professor. Logo suas habilidades e conhecimento lhe conferem o status de bom professor com todas as honras devida a esses grandes profissionais, porém a rotina de aulas acabam por apagar o brilho do grande gerador de ideias que já foi um dia e suas aulas tornam-se o que se pode chamar de comum.

Toda a rotina do professor de História e alterada quando uma noite esse tem pesadelos horríveis com acontecimentos da segunda guerra mundial, onde Julio é capaz de viver as aflições que seu povo, Judeus, passaram nas mãos dos nazistas, tais pesadelos disparam um gatilho, para que o professor desperte em seus alunos a conscientização de que somos todos uma só raça, seres humanos. A partir de então suas aulas tornam-se mais dinâmicas, atraindo a atenção de alguns de forma positiva, pois são libertos do cárcere do “conhecimento pronto” e passam a pensar por si só, e de forma negativa aos ”filhos do sistema Cartesiano” criticado pelo personagem no decorrer da trama.
Não o bastante os pesadelos do professor aumentam a frequência e intensidade com que esse os sente, gerando preocupação em sua esposa, também psicóloga e vantagens para algumas pessoas que se tornam inimigas de Julio Verne, por inveja de seu brilhantismo. A situação complica-se quando o avido professor se vê envolvido em uma conspiração que deseja sua morte devido a seus discursos que trazem conscientização as pessoas. Vários acontecimentos quase levam o professor e sua mulher a verdadeira loucura, pois além de preservar a vida, ambos tem que juntar as peças e descobrir os mistérios que os envolve. O final é uma revelação surpreendente, onde toda a ousadia e coragem de Julio Verne é posto a prova e onde o personagem irá decidir se põe em prática tudo o que proclama, ou se irá decidir fugindo a vida inteira.
Na minha opinião esse foi um livro perfeito, para quem acompanha o autor, nota-se uma evolução visível em sua forma de escrever, agregando maneiras de prender o leitor a trama e ainda passar sua mensagem diretamente ou através das entrelinhas, despertando em seu público reflexões, sobre a forma como agimos, pensamos e nossas escolhas, pois como citei no começo do texto, certos fatores influenciam e muito na maneira de pensar da sociedade, a antiga sociedade Alemã, fragilizada pela 1° Guerra Mundial em tantos aspectos econômicos –financeiros e psicológicos e as palavras de um estrangeiro, demonstrando um falso patriotismo e as promessas de um futuro glorioso fez com que muitos admitissem os atos de crueldade feitos por esse e seus asseclas, incluindo até o apoio religioso. E na sociedade atual, “filhos do sistema Cartesiano” as pessoas em sua grande maioria tornaram-se mesquinhas, dadas ao luxo, ególatras, pensando apenas em si mesmas, extinguindo aos poucos o altruísmo.
Por isso recomendo a leitura desse livro, com calma, degustando cada capitulo com muita reflexão e que o livro possa trazer em você o mesmo que trouxe a mim, um outro olhar para com os nossos semelhantes.
Titulo: O colecionador de lágrimas.
Autor: Augusto Cury.
Editora: Planeta
N° de páginas: 376.

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